terça-feira, 10 de setembro de 2013

Nota de Pesar pelo falecimento do camarada Gil Vicente

Recebemos com espanto e imenso pesar a notícia de falecimento de Gil Vicente Real, militante por décadas do Partido Comunista Brasileiro, na última sexta-feira, seis de setembro. Gil, que era natural de Pelotas, militou, durante o regime militar, em Porto Alegre em outras cidades brasileiras. Seu pai, Vicente Real, foi o primeiro vereador comunista de Pelotas, e teve seu mandato de deputado estadual cassado com o golpe burguês-militar de 1964, ao que se seguiram o cerco da casa da família pelo exército e a prisão do legislador comunista. Às perseguições sofridas pela sua própria militância somaram-se as perseguições pela militância de seu pai, e o camarada era ora “acusado” de ser comunista, ora “acusado” de ser filho de comunista.

Apesar das perseguições, o camarada Gil Vicente seguiu firme na militância comunista, até a tentativa de liquidação do PCB, pelo Comitê Central revisionista, em 1992. Mesmo tendo militado por muitos anos, abrindo mão de benesses pessoais em nome da luta da classe, e enfrentando os graves problemas de saúde que lhe ceifaram a vida, Gil não vacilou em empenhar seu apoio aos esforços de reorganização do Partidão em Pelotas. Sua atitude lembra-nos o célebre poema de Bretch, que diz que são imprescindíveis os camaradas que lutam a vida inteira. Camarada Gil: eras, e serás, imprescindível!

O PCB/Pelotas presta sua solidariedade à família do camarada Gil Vicente nesse doloroso momento. É nosso o seu pesar. Que vá em paz o camarada Gil, com a certeza de que teremos sempre – em nossos corações e no dia-a-dia das lutas da classe – a frase que sempre gostavas de repetir, como um mantra, aos mais jovens: “Não é mole não, ninguém consegue acabar com o Partidão!”. Graças à tenacidade de companheiros que nunca abandonaram a luta pela emancipação da humanidade, podemos dizer com convicção: venceremos!

Com sua trajetória, o camarada Gil honrou não só a memória de seu pai e de sua família, mas também a gloriosa tradição da militância comunista internacional, que vem, desde, pelo menos, o lançamento do Manifesto do Partido Comunista, em 1848, lutado, contra todas as adversidades, pela construção de uma sociedade sem explorados nem exploradores: uma sociedade socialista. Seguiremos firmes, camarada, com a consciência da responsabilidade que é honrar aqueles que já tombaram.

Camarada Gil Vicente: presente! Hoje e sempre!


Viva a Revolução Brasileira! Viva o Comunismo!



Pelotas, 7 de setembro de 2013

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