Nota Política do
PCB/Pelotas
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No dia 30/08, mais uma vez, a
classe trabalhadora parou o país, para mostrar que não suporta mais pagar pela
crise dos banqueiros com exploração e perda de direitos. Em Pelotas, não foi
diferente, e a militância do PCB e da Unidade Classista estiveram presentes nas
diversas atividades da classe.
Nas atividades preparatórias, a
militância comunista atuou nos sindicatos nos quais tem inserção, buscando, por
um lado, ampliar as adesões ao movimento paredista e, por outro, fomentar o
diálogo e a unidade entre as diversas categorias, como forma de cimentar a consciência
e a coesão da classe. Sempre que possível, os comunistas procuram fazer-se
presentes, também, nas reuniões intersindicais e de organização do movimento.
Além disso, o PCB procurou, junto a outras forças anticapitalistas, concertar
posições e amadurecer o diálogo entre as diversas organizações políticas que
não compactuam com a política de concessões à burguesia e ao imperialismo de Lula
e Dilma.
Já na madrugada de quinta para
sexta-feira, nossa militância somou-se aos piquetes nas garagens de ônibus, com
o intento de parar a circulação de ônibus em Pelotas. Em seguida, os comunistas juntaram-se aos piquetes nas
portas dos bancos, nos quais, além de impedir a entrada de eventuais
fura-greve, procuraram esclarecer a população e os usuários de serviços
bancários sobre a importância das lutas que ali se travavam. Ambos os
movimentos foram coroados de sucesso. Em demonstração da força da classe, os
ônibus ficaram nas garagens, e os bancos contaram ampla adesão ao movimento.
Na marcha pelas ruas de Pelotas,
trabalhadoras e trabalhadores mostraram, mais uma vez, que a união é capaz de
barrar o interesse e a coação dos patrões. Foram fechados estabelecimentos
comerciais cujos proprietários desrespeitavam a soberania das decisões dos
comerciários e teimavam em forçá-los a permanecer no trabalho. Em alguns casos,
os patrões recorreram à velha prática de fechar as portas, mas manter seus
funcionários presos em suas dependências. A energia do movimento foi capaz de
deter essas manobras e “resgatar” os companheiros vítimas dessa forma criminosa de assédio. O
mesmo deu-se na construção civil, em alguns casos com aberto apoio dos
trabalhadores coagidos. Em resumo: as trabalhadoras e os trabalhadores pararam
Pelotas, mais uma vez.
Avaliamos que o movimento teve
saldo bastante positivo. O apoio do conjunto da classe aos professores
estaduais em greve e à justa luta dos profissionais de educação do Estado e do
município, pelo pagamento do piso nacional da educação, demonstra que o
movimento vai além de interesses pontuais e busca respaldar as pautas de diversos setores. Que Tarso Genro
e Eduardo Leite ouçam a voz das ruas e parem de governar de costas para os
trabalhadores e para a Educação!
Além disso, o abraço ao Hospital
Universitário e as ações e intervenções, durante todo o dia, contra a privatização da saúde e
contra a instalação, em Pelotas, da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
(EBSERH), demonstram o repúdio da classe a mais essa medida privatizante do
governo do PT, que cada vez mais se distancia dos trabalhadores e das demandas
populares, para atender ao interesse dos banqueiros e dos capitalistas em
geral. É preciso, porém, reforçar as ações neste momento decisivo, e forçar o
reitor da UFPel, eleito com apoio de diversos setores da esquerda, a não trair
seus compromissos de campanha e a barrar definitivamente esse ataque à saúde
pública e à autonomia da UFPel.
Se os avanços são inegáveis,
temos ainda muito a fazer. Nessa nova jornada de lutas que o povo brasileiro
protagoniza, é preciso reforçar a unidade das diversas categorias e das forças
de esquerda que estão na linha de frente contra as medidas neoliberais do
presente governo. A concertação entre as entidades representativas da classe e
entre as forças políticas genuinamente à
esquerda deve ser perene, não episódica. É urgente que construamos fóruns e
canais de diálogo para o seguimento das lutas, de modo a intensificá-las,
ampliá-las e radicalizá-las. O Partido Comunista Brasileiro em Pelotas reitera
seu compromisso e seu empenho na construção desses espaços de unidade e com a
continuidade das mobilizações na cidade.
TODO APOIO À GREVE DOS PROFESSORES DO ESTADO!
PELO PAGAMENTO DO PISO NACIONAL DO MAGISTÉRIO!
BARRAR A EBSERH EM DEFESA DA SAÚDE PÚBLICA E DA UFPEL!
VIVA A CLASSE TRABALHADORA!
VIVA A REVOLUÇÃO SOCIALISTA!
Pelotas, 31 de agosto de 2013.
ANEXO - PANFLETO DISTRIBUÍDO DURANTE AS MOBILIZAÇÕES
(Clique para ver em tamanho original)
(frente)
(verso)
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